terça-feira, 31 de maio de 2011














A falta.. 
Do tempo
Desculpas
Esperando...
O momento 
Revivendo
Nossos dias
Perdido
Um dia...
de alegria
Ligações...
Pensamentos
Os meus
No seu
Meu coração
Busca
Desculpas
Aceitas.
Acerca...
Da falta
De tempo.

domingo, 29 de maio de 2011

Papel de Carta

O mundo me comeu
Era uma vez...
Num momento único
O mesmo só na hora da morte
O sangue voltou-se e
Para dentro
E alma pediu, calma
O tempo passou...
O vôo das libélulas
Os pés de cenouras, sem pés
O jambo, a cor da morena
Quem sabe?
A terra vermelha nas mãos
E o futuro nos olhos
A grama verde, o verde...
Será o da esperança!?
O pó da estrada de terra,
E os cílios amarelos
Sem falar nas bonecas
 De espiga de milho
Ô cabelo duro!
E lulu latia no quintal
E o tempo...
Passou rápido demais.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

SEMPRE
amor, pra vida
toda
inteira
e meia

É
quis escrever você
assim
sem fim
em mim

TEMPO
um sonho doce
trouxe
o infermo
o inferno

DE
num dia, dia
no outro
o frescor
da noite

MAIS...
Coração reticente




_Ele era só um menino, o meu menininho! Eu o balançava todas as noites, e não foram poucas!
Ainda posso senti-lo sobre minha barriga, sugando meu seio, faminto lutando para viver. As lágrimas escorriam em meu rosto, tal como o alimento que descia do meu seio.
Era uma sensação de amor cheio, inteiro e eterno, esse era o meu sentimento e também meu anseio. Meu filho, meu passado e futuro.
Hoje estamos aqui, uma atrás da outra compartilhando as mesmas dores e desejos, também o sol quente em nossas cabeças, o pó da estrada, as dores nos pés e pernas, a pele ardendo no sol de trinta e dois graus,  e a  garganta seca de água e saudade.
Aqui fora a tristeza que nos foi imposta, no entanto, disfarço o que não tem disfarce já que é nitido e desvelado o sabor da solidão e descaso que trago inserido no meu ventre lacrado de medo e terror de um dia vivido e passado.
_O tempo acelera a dor e meu tormento. Se nega a parar...Se ao menos diminuísse!?
Negros, mulatos, brancos... Nenhum amarelo!
O verde aqui fora, não faz sombra para meu corpo já cansado, às vezes exausto e nem leva esperança, nem diminue o cinza lá dentro.
Marias, Joanas, Fátimas e Sabastianas. Mães, filhas, tias, esposas e madrinhas. Crianças. Esperança, por vezes perdida!
_Quando eu dormia, ele crescia. Um movimento ligeiro, quase inalcansável. Inconsolável, era assim que me sentia!
Estou aqui vivendo meu tormento, vivendo o que tenho de viver, a morte do meu filho vivo, mesmo sem querer, por amor ou necessidade de satisfazer aos que esperam de mim que eu simplismente faça, o que nem de longe disfarça o meu desprazer de estar aqui, mesmo que por quem amo. Ainda assim é só lamento, esse meu momento.
_Um inferno, um desespero!
Sandálias de plástico e camisetas vermelhas, tal qual minha dor, meu sangue transparente lava meu rosto queimado de sol. As minhas calças largas...Largo é assim que mantenho meu olhar no futuro, para que no momento do nosso resgate eu possa viver o meu sonho do passado.
_ Viver um dia feliz, com meu menininho!
Além disso só o agente penitenciário, as poucas nuvens no céu e DEUS. 


Marília Xavier

terça-feira, 10 de maio de 2011


Presente


O ritmo
Meu coração...
Novo
Batimento,
Do tempo
Meu corpo...
Um movimento
Lento
Do amor
Doce...
Nossos momentos!

domingo, 8 de maio de 2011

Um folha de papel cor de rosa











 
Enquanto eu crescia,
Brincava...
As brincadeiras de roda
As subidas nos pés de goiaba
Corridas na grama
Meus pés molhados da água do rio
As quedas de bicicleta
Essas foram as melhores
Acreditei em sonhos
Quando me escondia no mato
Pensava...
Eu posso!
Voar,
Ir à lua
Nadar,
Tocar o fundo do mar
Andar,
Descalço nas areias quentes do deserto
Abraçar,
O mundo com meus braços, curtos
Chorar,
Alegrias e  tristezas
Amar,
O meu príncipe encantado
Tudo foi possível
E eu, pude brincar
Brincar e ser feliz